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Encontro em Triunfo discute desafios e potencial da indústria química para o RS
Sindiquim-RS destaca a importância da criação do Polo da Química para consolidar o estado como referência nacional no setor
Data da Publicação da Notícia : 30/05/2025 15:29 por Usina de Notícias
Divulgação

Lideranças empresariais e governamentais se reuniram essa semana no Polo Petroquímico de Triunfo para discutir estratégias e soluções que permitam fortalecer e expandir a indústria química no Rio Grande do Sul. O encontro, promovido pelo Comitê de Fomento Industrial do Polo RS (Cofip), marcou o início dos trabalhos para a viabilização do Polo da Química, uma proposta que visa consolidar o estado como referência nacional no setor.
O evento contou com a participação do Secretário de Desenvolvimento Econômico do RS, Ernani Polo; do presidente da Agência de Desenvolvimento do Rio Grande do Sul – Invest RS, Rafael Prikladnicki; e do presidente do Sindicato das Indústrias Químicas no Estado do RS (Sindiquim-RS), Newton Battastini, além de representantes das principais empresas do complexo petroquímico.
O Sindiquim-RS desempenha papel fundamental na articulação desse movimento, sendo uma das entidades que lideram o debate sobre os desafios e oportunidades do setor químico no estado. “Temos condições de atrair investimentos robustos para o RS, com um polo industrial estruturado, logística competitiva e mão de obra qualificada. Mas é fundamental remover barreiras como o alto custo do gás, acesso a matérias-primas estratégicas e ausência de uma política industrial específica para o setor”, destacou Newton Battastini, presidente do Sindiquim.
Durante a programação, os participantes visitaram o Centro de Tecnologia & Inovação da Braskem e o Terminal Santa Clara, que faz a interligação do Polo ao Porto de Rio Grande, permitindo escoamento eficiente da produção através dos modais hidroviário, ferroviário e rodoviário. Além das questões estruturais, também estiveram em pauta temas como políticas de defesa comercial, o Regime Especial da Indústria Química (REIQ) e o Programa Especial de Sustentabilidade da Indústria Química (Presiq), que são fundamentais para manter a competitividade frente a mercados internacionais.
“O setor químico é estratégico para o desenvolvimento do RS. Estamos unindo esforços, através da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e da Invest RS, para criar as condições necessárias à expansão desse segmento. Isso significa gerar empregos, aumentar a arrecadação e diversificar a base econômica do estado”, afirmou o secretário Ernani Polo.
O presidente da Invest RS, Rafael Prikladnicki, reforçou que o setor químico está entre os 12 prioritários no Plano de Desenvolvimento do Estado. “A Invest RS é uma agência com dinâmica empresarial, o que permite decisões rápidas. Já tivemos três agendas sobre o Polo da Química e esse encontro eleva esse movimento a outro patamar. Nossa equipe está totalmente mobilizada para trabalhar junto com o setor produtivo e entidades como o Sindiquim”, declarou.
O Polo Petroquímico de Triunfo possui atualmente 3.500 hectares, dos quais 40% estão disponíveis para novos empreendimentos. Além da infraestrutura, sua localização oferece acesso a uma população de 2,7 milhões de pessoas em um raio de 50 quilômetros, com alta disponibilidade de mão de obra jovem e qualificada. Para o diretor industrial da Braskem no RS e presidente do Cofip, Nelzo Silva, o setor químico gaúcho historicamente tem desempenhado um papel essencial no que tange ao desenvolvimento, arrecadação e geração de empregos, sendo atualmente responsável por cerca de 46 mil postos de trabalho e mais de duas mil empresas. “Buscamos sempre a sinergia com iniciativas empresariais compartilhadas que contribuem para a elevação da competitividade e da sustentabilidade da cadeia produtiva local. Hoje o cenário é muito desafiador em função de fatores como a concorrência desleal da entrada de resinas importadas incentivadas por mais de 2.300 medidas protetivas ou incentivos fiscais adotados em seus países de origem, grandes potências como EUA, Alemanha e China, além de diferentes alíquotas tributárias em diferentes regiões do Brasil, mas continuamos investindo na região na expectativa de recuperar a posição e a contribuição relevante para a economia do Estado”, destacou.
Os próximos passos incluem um calendário de reuniões técnicas e institucionais, além de uma audiência na Assembleia Legislativa, marcada para o dia 16 de junho, que reunirá lideranças públicas, empresariais e representantes da cadeia química para avançar na construção de uma política estruturante para o setor no Rio Grande do Sul.
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