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Israel e Hamas trocam acusações de violação da trégua após incidente no norte de Gaza

Por sua vez, as Brigadas Al Qassam, o braço armado do Hamas, denunciaram “uma clara violação da trégua” por parte de Israel durante um episódio de “atrito no terreno”,



Data da Publicação da Notícia : 29/11/2023 08:32 por Redação

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Prédios destruídos no norte da Faixa de Gaza. EFE/Arquivo/CHRISTOPHE PETIT TESSON

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Jerusalém (EFE).- O Exército de Israel e o grupo islâmico Hamas acusaram-se mutuamente de terem violado nesta terça-feira a trégua em vigor na Faixa de Gaza, após um incidente no norte do enclave em que vários soldados israelenses ficaram feridos.

“Durante a última hora, três artefatos explosivos foram detonados ao lado de tropas das Forças de Defesa de Israel em dois locais diferentes no norte da Faixa de Gaza, violando o marco da pausa operativa. Em um dos locais, os terroristas também abriram fogo contra as tropas, que responderam com fogo. Vários soldados ficaram levemente feridos nos incidentes”, informou um porta-voz militar israelense.

Por sua vez, as Brigadas Al Qassam, o braço armado do Hamas, denunciaram “uma clara violação da trégua” por parte de Israel durante um episódio de “atrito no terreno”, embora tenham esclarecido que estão “comprometidos com a trégua enquanto enquanto o inimigo mantiver seu compromisso”.

“Pedimos aos mediadores para que pressionem a ocupação (Israel) a aderir a todos os termos da trégua, tanto no terreno como no ar”, disse o porta-voz da Brigada, Abu Obeida, que admitiu, no entanto, que os combatentes do grupo “responderam hoje à violação” do acordo pelas tropas israelenses.

Estes episódios ocorrem no quinto dia de um cessar-fogo temporário entre Israel e o Hamas, depois de mais de um mês e meio de combates.

O acordo, mediado por Catar, Egito e Estados Unidos e que inclui a troca de reféns por prisioneiros e a entrada de ajuda humanitária em Gaza, entrou em vigor na manhã de sexta-feira e estava previsto para durar quatro dias.

Ontem, pouco antes de expirar, o Catar anunciou uma prorrogação de dois dias, durante os quais os três elementos do pacto serão mantidos.

Para esta terça-feira está prevista a continuação da libertação de reféns mantidos em Gaza e da soltura de prisioneiros palestinos de prisões israelenses, algo que já ocorreu durante os últimos quatro dias, em que foram libertados 69 reféns israelenses e estrangeiros e 150 prisioneiros palestinos.

Israel declarou guerra ao Hamas em 7 de outubro, na sequência de um ataque do grupo islâmico, que incluiu o lançamento de mais de 4.000 foguetes e a infiltração de cerca de 3.000 milicianos, que mataram cerca de 1.200 pessoas e raptaram mais de 240 em comunidades israelenses próximas da Faixa de Gaza.

Desde então, as forças aéreas, navais e terrestres de Israel contra-atacaram no enclave palestino, onde mais de 15 mil pessoas já morreram, segundo as autoridades palestinas, a maioria delas crianças e mulheres, e estima-se que mais de sete mil pessoas estejam desaparecidas sob os escombros, além dos mais de 36 mil feridos. EFE


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