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Poluição sonora no trabalho pode causar desde fadiga até perda da audição

Além de stress, o barulho constante no trabalho pode ser prejudicial à saúde



Data da Publicação da Notícia : 20/07/2021 14:48 por

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Barulhos no ambiente de trabalho são um assunto sério ao qual se deve ficar atento – desde os ruídos mais leves até os mais intensos. Barulhos incessantes, mesmo que baixos, podem diminuir a produtividade do trabalhador. Já os ruídos mais altos, como aqueles originados em maquinário pesado, são capazes de infligir até mesmo a perda gradativa da audição.

A legislação do Brasil fixa a intensidade de 80 decibéis como o limite ao qual o trabalhador pode ficar exposto em uma jornada de oito horas diárias. Acima dessa patamar, o ruído no ambiente de trabalho é considerado insalubre – e o trabalhador precisa ser protegido.

Os prejuízos provocados pelo barulho

O principal risco que existe à saúde dos trabalhadores expostos a ruídos de intensidade superior a 80 decibéis é a PAIR (perda auditiva induzida por ruído). Trata-se de uma doença irreversível que aparece e cresce de forma lenta e gradual e, geralmente, afeta os dois ouvidos.

A PAIR acontece porque os barulhos altos provocam a morte das células ciliadas, que ficam nos ouvidos e são responsáveis pela audição. Conforme o trabalhador se expõem ao ruído insalubre ao longo dos anos, mais células vão morrendo e a perda de audição vai se agravando.

Por ser uma doença progressiva, a perda auditiva demora para dar sinais de que está em curso. No entanto, se você perceber que está com dificuldade para escutar o que os outros dizem, ou que está ouvindo televisão e música em um volume mais alto que as outras pessoas, procure uma consulta média, pois esses podem ser sintomas de perda auditiva. Ouvir zumbidos constantemente também pode ser um indício da PAIR.

Os barulhos no ambiente profissional, além da perda de audição, têm potencial para gerar, também, problemas de outras naturezas, como ansiedade, depressão, estresse, doenças cardíacas, hipertensão e problemas gástricos. Para que o trabalhador desenvolva esses problemas, não é nem preciso que os ruídos sejam insalubres – intensidades abaixo de 80 decibéis já são suficientes para comprometer a saúde.

Mesmo os barulhos mais leves, quando são persistentes e aparecem no decorrer de toda a jornada de trabalho, causam desconforto e confusão mental e reduzem a produtividade. Nessa situação estão incluídos funcionários de escritório submetidos a incessantes ruídos de telefone, impressoras e conversas em segundo plano.

A proteção ao trabalhador contra os efeitos maléficos dos ruídos

Evitar a poluição sonora no ambiente profissional é sempre bom. Quando os ruídos ultrapassam a marca da insalubridade, a proteção ao trabalhador é obrigatória. Se os ruídos do ambiente estiverem na faixa de 80 a 85 decibéis, o trabalhador pode ficar exposto, sem proteção, por, no máximo, quatro horas por dia. Para ruídos de 85 e 90 decibéis, a exposição máxima é de duas horas – e assim por diante.

Se o trabalhador precisar se expor ao ruído por mais tempo que o permitido, a empresa precisa disponibilizar a ele os EPIs (equipamentos de proteção individual) necessários – o que é muito comum no ambiente industrial e na construção civil, por exemplo. Além de fornecer os EPIs, a empresa tem a obrigação de garantir que eles estão sendo usados da maneira correta por todos os funcionários e de verificar a qualidade dos equipamentos.


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