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Casa da Cultura: a obra que sofreu a ação do tempo e do abandono

Telhado do grande auditório está condenado antes de finalizar a conclusão. Secretários comentam sobre as próximas etapas da obra



Data da Publicação da Notícia : 09/07/2021 13:58 por Decom – Prefeitura de Sarandi.

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A construção da Casa da Cultura de Sarandi nasceu como o sonho de colocar o município na rota dos grandes eventos a nível estadual. O projeto foi idealizado no Governo do ex-mandatário e atual vice-prefeito Reinaldo Nicola e a sua construção se iniciou após o aporte de recursos de emendas indicadas pelo deputado federal Pompeo de Mattos (PDT). Denominado oficialmente como Centro Cultural Leonel de Moura Brizola, representa hoje a maior obra na área cultural em construção, em uma epopeia já conhecida pela comunidade que se arrasta há mais de uma década.

Pelos longos anos de construção em ritmo lento, a obra que ainda não foi finalizada já sofre com a ação do tempo. O Governo liderado pelo prefeito Nilton Debastiani, do PDT, que retomou o Palácio Municipal no início deste ano, definiu como prioridade a intensificação dos trabalhos pela conclusão do maior centro de eventos da Zona da Produção, contando com recursos parlamentares e com R$ 400 mil, proveniente das economias da Câmara de Vereadores no exercício 2020, depositadas pela ex-presidente do Legislativo Denise Gelain no caixa do Executivo no final do ano passado, antes de assumir a Secretaria de Educação do município.

 

Ação do tempo: Prefeitura terá que investir em reparos e na substituição do telhado.

Sem dúvida, foi a cobertura da obra a parte qua mais sofreu com as intempéries ao longo de uma década. O Governo Municipal e as equipes do Departamento de Engenharia constataram que, sem estar finalizado, o telhado e as estruturas de suporte perderam capacidade de carga, após o recebimento de um laudo elaborado por empresa terceirizada especializada em estruturas.

Em entrevista concedida à Rádio Sarandi, o secretário de Obras Urbanas e Planejamento Carlos Eduardo Portes da Silva explicou que os principais problemas encontrados são a ferrugem e o apodrecimento, patologias típicas em metais causados por chuvas, intempéries e passagem do tempo. Esse é o estado na cobertura do grande auditório, a parte frontal, que ainda permanece fechada, em contraste com a área administrativa e do palco externo, quase concluídos:

- Nesses últimos seis meses, nós trabalhamos para concluir a 3ª etapa da construção que engloba a área administrativa, o que conseguimos “salvar”. Recentemente foi impermeabilizado o telhado dessa parte, que vai ser destinada às oficinas culturais e apresentações externas, e a 4ª etapa que vamos iniciar vai prever a conclusão dessa área – explica Carlos.

Com uma grande possibilidade de se precisar trocar a cobertura da área frontal, do grande auditório, o Município poderá ter um grande dispêndio financeiro no futuro próximo:

- Por ser uma etapa já concluída, nós não podemos usar de recursos federais. Se tivermos que trocar o telhado por questões de segurança ou de má-conservação, vamos precisar usar recursos próprios do Município – afirma o secretário.

 

Para Denise, o atraso na obra representa um prejuízo para toda a comunidade regional.

A secretária Denise Gelain, hoje no comando na pasta da Educação e Cultura, destaca que os prejuízos com o atraso da construção da Casa da Cultura vão além da questão financeira:

- Uma obra pública só faz sentido para a população quando as pessoas passam a usufruir do espaço – diz Denise – esse Centro Cultural representa um ganho muito grande também para a Educação dos nossos jovens, com a possibilidade de ofertar espaços para oficinas artísticas, culturais, teatrais, musicais, entre outros projetos que vão trazer ganhos muito significativos para o aprendizado e a formação dos nossos jovens.

A Casa da Cultura, na avaliação da equipe gestora do Município, vai representar um amplo estímulo à toda a cadeia produtiva de Sarandi também. Com o apoio ao turismo cultural, “dinheiro-novo” passará a circular na Economia sarandiense, além de ampliar o mercado-consumidor no comércio, setor de serviços, hoteleiro, alimentício, entre outros.

- Sabemos que os momentos são de dificuldades, mas queremos que a comunidade mantenha o pensamento positivo e a Esperança – ressalta Denise – Hoje podemos dizer que existe vontade política e atenção com essa obra e queremos também que as pessoas continuem sonhando com o que a Casa da Cultura poderá trazer de bom para o nosso município e a região: mais cultura, mais educação, mais fomento à nossa economia e podermos sentir ainda mais orgulho do que o nosso município é capaz de oferecer – finaliza.


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