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Pandemia do coronavírus mudou os hábitos e o comportamento das pessoas

O fato é que muitas desses hábitos do consumidor deverão se tornar frequentes e até mesmo definitivos pois fazer parte de um novo estilo de vida que está ficando cada vez mais intrínseco na vida de todos.



Data da Publicação da Notícia : 16/04/2021 12:24 por

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Não é novidade para ninguém que a internet, que já era essencial para quem vive no século XXI, se tornou mais ainda depois que a pandemia do coronavírus surgiu no mundo e, consequentemente, o isolamento social, seja para se comunicar, fazer compras, trabalhar, estudar ou se distrair. Aliás, o entretenimento foi um dos setores de maior crescimento na internet nesse último ano graças às lives, plataformas de streaming de filmes e seriados, jogos e cassino online no Brasil.

E não é só a frequência em que as pessoas usam a internet que aumentou com a pandemia como também diversos hábitos ligados à internet mas também à vida offline, principalmente o hábito da higiene, visto que para prevenir a covid-19, lavar sempre as mãos e limpar toda a mercadoria que chega em casa é o mais recomendado.

O fato é que muitas desses hábitos do consumidor deverão se tornar frequentes e até mesmo definitivos pois fazer parte de um novo estilo de vida que está ficando cada vez mais intrínseco na vida de todos.

Consumo

A preferência por lojas online ao invés das presenciais não é a única mudança entre os consumidores. O público também deixou de procurar por itens supérfluos e passou a focar mais no essencial, como comida, produtos de higiene e farmácia. Vestuário ainda é requisitado, óbvio, mas ao invés de buscar pelo o que está na moda, as pessoas procuram roupas pelo conforto, já que estão sempre em suas casas.

Já que o perfil do consumidor mudou, o perfil do comerciante também se adaptou para a nossa nova realidade. Muitas lojas estão deixando de atender em salões comerciais para atender de forma online, o que implica em dispensar seus funcionários e reservar um espaço na própria casa para servir de estoque, além de dedicar esforços para usar as redes sociais como estratégia de marketing.

Ainda, há aqueles que estão trocando os grandes comércios por lojas menores, de bairro. Motivos é que não faltam, além de evitar as aglomerações em grandes estabelecimentos, os comércios pequenos e locais estão sofrendo mais que as gigantes em relação à alta crise financeira provocada pela pandemia. Já vemos até mesmo campanhas de mobilização para divulgar pequenos produtores e empreendedores que estão sendo organizadas de forma bem-sucedida, o que poderá se tornar uma tendência em um futuro pós-pandemia.  

Home Office

E não são só os comerciantes que estão adotando todos os esforços possíveis para vender seus produtos de forma online a partir de suas casas. Diversos outros setores da economia estão se adaptando para trabalhar de forma remota. Também várias profissões convencionais como advogados, engenheiros e médicos, que dificilmente antes imaginava-se fora de um espaço físico, hoje já se acostumam a esta nova realidade.

E parece que as pessoas estão pegando o gosto com esse tipo de trabalho, no começo da pandemia era comum ouvir críticas sobre a dificuldade em manter a disciplina de trabalhar em casa sem passar por distrações e, ainda, vários memes satirizando o home office circulavam pela internet. Claro que as pessoas estão mudando suas opiniões a respeito do home office, afinal, é uma condição de trabalho confortável que permite economizar tempo e dinheiro. Até atender clientes e pacientes, além de realizar reuniões, está sendo feito de forma remota, graças à internet e às plataformas de videoconferência.

Hábitos de higiene e vida dentro de casa

Com o isolamento social, muitas pessoas viram que há muito o que fazer dentro de casa tanto quanto fora dela. Lá, não só moramos e trabalhamos como também nos relacionamos (seja pessoalmente ou virtualmente), nos divertimos e frequentamos aulas online, ou seja, nosso lar se tornou o centro de nossa vida cotidiana. De acordo com uma pesquisa da Veja Insight, durante a pandemia, 69% dos brasileiros passaram a cozinhar mais em casa, enquanto que 50% reduziram a contratação de auxiliares domésticos, aumentando o número de tarefas a serem cumpridas. 

Já que chegamos nas tarefas domésticas, a higiene da casa também se tornou mais prioritária do que antes para prevenir a contaminação do vírus, que pode acontecer por conta de uma entrega ou porque foi inevitável sair de casa. Ainda segundo a pesquisa, 59% dos entrevistados disseram ter aumentado o cuidado com suas casas. E, claro, o mesmo vale para a higiene pessoal, 71% se tornaram mais conscientes com esse tipo de cuidado.

Reconhecer e valorizar momentos especiais

A distância entre nós e nossos amigos e parentes fez com que sentíssemos falta do convívio social e, por isso, acabamos reconhecendo e valorizando ainda mais esses momentos. Para aliviar um pouco essa saudade, os aplicativos de videoconferência, como o Skype e o Zoom, se aprimoraram e se tornaram mais populares, o mesmo acontece com as redes sociais e os aplicativos de mensagem. Mas só aliviam, pois, até o momento, não há aplicativo que substitua os beijos, abraços, toques, almoços em família e happy hours.

Os especialistas acreditam que, assim como apoiar o comércio local, valorizar os momentos com família e amigos será outra tendência para quando a pandemia acabar, ainda mais que, até lá, muitos sentirão a perda dos entes queridos para a covid-19.

Corpo e mente saudáveis

Os cuidados com a alimentação e a prática de exercícios físicos também aumentaram. Tudo isso porque as pessoas estão com medo de serem contaminadas ou então pegar uma outra doença, ir parar num hospital (que está em colapso e cheio de contaminados com a covid-19) e pegar o vírus, além de não conseguir ser atendido. Sendo assim, as pessoas estão procurando por alimentos naturais não apenas para evitar ficar doente como também pelo fato de que muitos deixaram de ir aos restaurantes durante o horário de almoço do trabalho para trabalhar e almoçar em casa, onde a comida é a mais natural e saudável possível.

A saúde mental também tem que ser cuidada com afinco, pois, embora seja recomendado para conter a pandemia, o isolamento social pode provocar problemas como a ansiedade e a depressão nas pessoas. Para isso, a meditação, ioga, mindfulness ou até mesmo atividades mais simples, como estabelecer uma rotina diária, são algumas dicas de medidas para manter o equilibrio.

E quanto aos exercícios físicos, as pessoas tendem a ganhar mais peso com o confinamento em casa e a obesidade acarreta problemas com a pressão arterial e a taxa de glicemia, fora que as pessoas nessas condições fazem parte do grupo de risco da covid-19. Portanto, muitos canais fitness começaram a aparecer no YouTube e muitas pessoas se inscreveram para treinar em casa, o que foi outra forma de evitar aglomerações em academias e, ainda, contribuir com a saúde mental.


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