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Hospital São Vicente ultrapassa marca de mil altas de pacientes atendidos por Covid-19

Desde as primeiras informações da chegada da Covid-19 ao Brasil, o Hospital São Vicente de Paulo (HSVP) de Passo Fundo se mobilizou e se preparou para enfrentar o inimigo.



Data da Publicação da Notícia : 04/08/2020 09:10 por Caroline Silvestro/HSVP

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Desde as primeiras informações da chegada da Covid-19 ao Brasil, o Hospital São Vicente de Paulo (HSVP) de Passo Fundo se mobilizou e se preparou para enfrentar o inimigo. Muitas são as incertezas quanto a este vírus que não escolhe país, cidade, raça, cor, credo, convicção política ou nível social. Com a missão e compromisso de cuidar de vidas, o Hospital reconheceu a necessidade de centralizar e direcionar suas principais decisões, priorizando a pandemia da COVID-19, criando o Comitê Especial de Gerenciamento de Crise para Enfrentamento ao Coronavírus.

Com o primeiro caso registrado na instituição, foi implantando o Boletim Diário, com informações sobre casos, altas, óbitos, pacientes internados e suas cidades, que de forma transparente vem informando há mais de 130 dias a população. De acordo com os dados, o Hospital fechou o mês de julho com 4.071 pacientes atendidos em função da Covid-19, sendo 1.113 casos positivos, 151 em análise e 2.807 negativos. Destes, 979 pacientes já tiveram alta hospitalar, e em 03 de agosto já ultrapassam as mil altas hospitalares. Este montante é proveniente de Passo Fundo e outras 63 cidades da região.

Do total de altas, 924 pacientes são de Passo Fundo, cidade com o maior número de pessoas atendidas em função da doença.  Em segunda está Marau com 23 altas. Claudecir dos Santos, 38 anos, é um dos 23 pacientes de Marau e das mais de mil altas. Mesmo jovem, sem histórico de doenças ele ficou 20 dias internado, sendo 12 na UTI. “Meu caso foi bem complicado, os profissionais tiveram que usar vários medicamentos e lutar muito para que eu ficasse bem. Essa doença não é brincadeira, eu sou a prova disso”, alerta Claudecir, agradecendo o trabalho das equipes. “Eu quero agradecer a Deus primeiro, por estar vivo e também a todos os profissionais do Hospital São Vicente, que fizeram de tudo para que eu ficasse bem. Deus esteja com todos esses profissionais, médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, pessoas da limpeza, da alimentação, enfim todos, pois foram sensacionais e só tenho a agradecer”. Suzana Pereira da Cruz, esposa de Claudecir também agradeceu a generosidade, carinho e trabalho dos profissionais. Ela relata que para os familiares, a doença também é muito difícil. “Foram 20 dias de angústia pois não sabíamos se ele ia voltar para casa. Dias de medo, incerteza. Por isso, hoje, só podemos agradecer a Deus, aos profissionais do Hospital, a todos que rezaram e torceram para que ele saísse dessa”, enaltece Suzana, fazendo um alerta. “Jovens cuidem de seus pais e avós, se cuidem, sigam as orientações porque essa doença é muito difícil, não é brincadeira. Nós vivemos a situação e damos esse alerta”.

Medidas e protocolos implantados precocemente

Com o intuito de atender os pacientes acometidos pela COVID-19 e também manter em segurança outros pacientes, colaboradores e médicos, o Hospital organizou e implementou, desde o início da pandemia, as medidas de proteção e de segurança de seus colaboradores, pacientes, familiares e acompanhantes, por meio de pacotes de medidas emitidos, que até o momento são 15,  21 comunicados divulgados; duas resoluções especiais; 11 fluxos de atendimento; quatro protocolos de tratamento específicos foram elaborados; documentos com orientações de utilização e descarte de EPIs; e ainda, a manutenção da creche para os colaboradores , seguindo, medidas de proteção e segurança dos empregados da creche e das crianças assistidas. Todas estas medidas são permanentemente atualizadas tecnicamente.

É válido destacar que a infraestrutura de atendimento para o Coronavírus segue fluxos próprios. Em termos de estrutura são disponibilizados à população 66 leitos de internação clínica, 30 leitos de UTI, ambulatórios clínico e psicológico para atendimento de todos os profissionais do Hospital e ambulatório “Força Tarefa” para atendimento clínico da população, todos com fluxo independente.

Quanto a sua sustentabilidade, o Hospital tem sido remunerado, mesmo que de forma reduzida, pelos procedimentos conforme estabelecido pelo Ministério da Saúde, no atendimento da população SUS, não existindo qualquer tipo de remuneração por óbitos ou por leitos desocupados. O Ministério criou códigos para pagamento de leitos ocupados de casos suspeitos e confirmados com a COVID-19. Tal tabela é pública, disponibilizada pelo Ministério da Saúde e aplicável a todos os hospitais (http://sigtap.datasus.gov.br/tabela-unificada/app/sec/inicio.jsp). Nos convênios, observa-se o estabelecido por cada operadora de saúde e no privado, tem-se a remuneração conforme tabela do Hospital.

Frente ao cenário complexo e difícil em que nos encontramos, ressaltamos que é importante não se deixar tomar pelas angústias e pelas incertezas diante da pandemia da COVID-19. Busque informações em fontes confiáveis e não reproduza fake News. Mantenha-se tranquilo e, sempre que necessário, busque atendimento de saúde.


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