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Como as empresas de RH estão lidando com as entrevistas durante a pandemia

A área de recursos humanos tem buscado formas de melhorar o recrutamento, de gerenciar as crises e de promover melhores condições de trabalho a todos os envolvidos já há algum tempo.



Data da Publicação da Notícia : 27/05/2020 16:38 por

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O RH 4.0 surgiu nesse ínterim, como tentativa de trazer a tecnologia para dentro e utilizá-la para tornar melhor o ambiente empresarial, a gestão de pessoas, entre outras coisas.

Com o avanço da pandemia do novo coronavírus, que já afetou literalmente milhões de pessoas no mundo e tem afastado indivíduos de seus locais de trabalho, tornou-se necessário buscar maneiras de continuar a recrutar, avaliar e auxiliar colaboradores.

Como é possível fazer isso à distância? Quais são as ferramentas que têm sido utilizadas para facilitar o trabalho dos funcionários do RH e para permitir que eles dialoguem com possíveis candidatos às vagas em aberto? Neste artigo, falaremos um pouco mais sobre as duas coisas. Confira.

Entrevistas à distância: RH em época de pandemia

Em determinadas circunstâncias, é possível ser um pouco “old school” e utilizar o telefone para conversas com pessoas que podem ser aptas a assumir determinadas funções.

Embora também exija pensamento rápido e sinceridade, no entanto, a entrevista por telefone tem um problema sério: não permite ao funcionário, especializado na avaliação de pessoas e capacitado para verificar se uma pessoa corresponde a um determinado perfil, que avalie o comportamento do candidato.

Para permitir que isso aconteça, o profissional pode solicitar ao concorrente que faça uma chamada por vídeo. Hoje, felizmente, existem diversos dispositivos para tal: o Zoom, o Skype e mesmo o WhatsApp possuem opções para quem deseja olhar para o seu interlocutor e, portanto, ajudam bastante no processo de seleção.

Apesar de muito práticos, os aplicativos citados têm uma desvantagem: exigem que a conexão de internet seja rápida e instável.

Se o candidato tiver algum problema em sua conexão - o que pode acontecer por diversas razões e não é incomum quando todos estão conectados ao mesmo tempo, como tem acontecido na quarentena -, poderá perder a linha de pensamento, ficar desestabilizado ou, em casos mais sérios, não conseguir terminar a entrevista.

Ainda assim, a ligação por vídeo segue sendo o método de seleção mais utilizado pelos responsáveis pelo Recursos Humanos.

Testes de aptidão, inteligência emocional e afins

A entrevista, sabemos, muitas vezes é a última etapa de um processo de contratação. O ideal é que o candidato, em boa parte dos casos, seja submetido a um treinamento, a exames de aptidão ou testes psicológicos que façam sentido para a função que ele planeja exercer.

Muitas empresas, nos dias de hoje, ainda utilizam o treinamento em conjunto ou exercícios de equipe. À distância, isso não funciona muito bem.

A melhor opção, dada a especificidade do momento, é solicitar ao candidato que preencha questionários especializados, que podem ser feitos por um psicólogo competente, ou que faça testes de habilidade dentro de um período de tempo específico.

Aos redatores, por exemplo, pode ser pedido que façam, dentro de 24h ou 48h, um texto de mil palavras, com palavras-chaves relativas a algum interesse particular da empresa ou para algum cliente específico. Neste caso, por razões éticas, a empresa deve pagar pelo teste feito.

Outra opção válida é, quando estiver com um grupo menor de candidatos, aplicar o teste DISC. O teste, famoso por avaliar a inteligência emocional e os pontos fortes e que precisam ser trabalhados em determinados candidatos, também faz a diferença na hora de escolher quem deve preencher um cargo.

Entrevistas marcadas

Precisa conversar com um número grande de pessoas, mas está com a agenda apertada? A melhor opção é solicitar aos candidatos que se filmem respondendo, de forma direta e sucinta, a uma série de perguntas pertinentes à organização ou ao cargo.

Esta não é, sabemos, a melhor forma de entrevistar um candidato: com certo tempo livre, as pessoas podem pesquisar respostas em sites confiáveis, articular teorias, criar todo um embasamento para responder às questões fornecidas.

Ainda assim, este método pode ser útil para selecionar quem é articulado, quem fala com mais propriedade, quem apresenta conteúdo mais relevante e, pasme, até quem copiou as respostas de algum site especializado em materiais de RH.

Como se pode ver, a internet é útil não apenas para distribuir conhecimento, mas para flagrar aqueles que a utilizam de forma não tão ética.


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