O 7º Acampamento da Criança com Diabete iniciou na quarta-feira, 13 de novembro e vai até o domingo, 17 de novembro. O projeto visa o cuidado permanente, interação e aprendizagem entre crianças portadoras de Diabetes Mellitus tipo 1 e é promovido pela Universidade de Passo Fundo (UPF), Hospital São Vicente de Paulo, de Passo Fundo e Lions Clube distrito LD-7. Muito mais que cuidado, o acampamento proporciona a convivência e aprendizagem compartilhada com crianças e jovens portadores da diabetes, uma experiência que transforma a forma de ver e conviver com a doença.

            Para Gabriela Faiden que está participando pela primeira vez com os filhos gêmeos, Douglas e Vitor Faiden, de 10 anos, tem sido muito proveitoso. “A gente tem uma grande expectativa, é o primeiro acampamento deles, primeira vez que saímos para acampar, nunca tínhamos dormido em barraca. É tudo novo, cidade nova, então é bem legal, estamos adorando”, relata. Gabriela e os filhos vieram de Porto Alegre, para ela existe toda uma expectativa em chegar até aqui. “Um acampamento, um local desses com todos esses profissionais trabalhando e, ainda, saber que é algo de qualidade, é uma tranquilidade”, pontua.

            Para o Coordenador do Acampamento pelo Hospital São Vicente, Luiz Dalmagro, “o acampamento é bastante importante no sentido do compromisso social que o hospital tem com a comunidade. O hospital não pode ficar somente num trabalho curativo, embora entende-se que é a função principal do hospital, mas tem que trabalhar também na parte de prevenção, de cuidados com a saúde”.

            Luiz evidencia que o trabalho desenvolvido com as crianças é focado para a prevenção. “Sabemos que a diabete não tem cura, mas tendo o conhecimento e certos cuidados, a criança leva uma vida tranquila”, afirma. Nesse aspecto, para Luiz é importante a participação do hospital, pois “quanto melhor a qualidade de vida das pessoas, menos elas vão ficar doentes. A própria missão do hospital é disponibilizar serviço de saúde com a finalidade de melhorar a qualidade de vida das pessoas, acredito que se encaixa perfeitamente com esse trabalho do acampamento”, avalia.

            Raíssa Rodrigues Guterres, de 13 anos, participa há três anos do acampamento. “Quando eu conheci o acampamento foi muito legal, comecei a me tratar melhor na questão das glicemias, antes eu me cuidava, mas não tinha tantas dicas e orientações como as que tive aqui”, conta. Além de receber as informações, Raíssa revela que ter contato com outras crianças com diabete foi muito importante. “Eu conheci bastante gente, então isso foi muito bom para mim porque eu pensava que era a única diabética do mundo, e depois que conheci mais pessoas assim, fiquei bem feliz em saber que eu não sou a única. Gosto muito das atividades, aqui é bem legal e a comida é muito boa”, ressalta.

Foco na alimentação

Luiz afirma que a principal função do hospital dentro do acampamento é a parte de nutrição, pois o foco da criança com diabete é cuidar da alimentação por causa da glicose. “Fazer todas as refeições balanceadas é muito importante, então o hospital participa com uma equipe mais focada na parte da nutrição, com nutricionista, técnica em nutrição, as próprias cozinheiras”, avalia.

Além disso, a interação entre as cozinheiras e as crianças é outro fator que Luiz destaca. “São  inúmeros elogios  e agradecimentos que recebemos pela qualidade da comida”,  conta.