O CESURG, por meio da Faculdade de Medicina Veterinária, lançou nesta terça-feira, 26, o Projeto Equoassist, que integra o projeto de extensão da instituição, na sede crioula do CTG Porteira da Querência.

Por meio do projeto, a Equoterapia, que já era realizada numa parceria entre a prefeitura municipal a APAE e CTG, passa ampliar o atendimento de cinco para 16 alunos da APAE Sarandi. O curso de Medicina Veterinária fará o suporte no tratamento dos animais e dos equipamentos necessários para realizar a Equoterapia de forma adequada. A Secretaria Municipal de Educação fará o transporte dos alunos e o CTG cederá o espaço de sua sede campeira.

A ação também foi possível graças à doação de um cavalo Crioulo por Paulo César de Freitas, pai da aluna Vitória Augusta de Freitas, acadêmica do 5º semestre de Medicina Veterinária. O cavalo veio da cidade de Vera Cruz, é da raça crioula e está com a família há quase 10 anos. “Ele não tem nome específico, mas carinhosamente chamam de “Soldado” no projeto. Meu pai não hesitou em doar o cavalo de uso dele o que me deixa orgulhosa e feliz”, contou a aluna.

Presentes no lançamento o secretário de educação, Paulo Rodolfo Viccari Kasper, o coordenador do curso de Medicina Veterinária, professor Rafael Pandolfi, o patrão do CTG Porteira da Querência, Nilton Debastiani, a diretora social da APAE Sarandi, Roseli Debastiani, o chefe do escritório municipal de Emater, Luciano Schwerz, o coordenador da extensão do CESURG, professor Renan Anderson de Oliveira, o integrante da patronagem do CTG e presidente do Sicredi Produção, Saul João Rovadoschi, o professor do CESURG, Paulo Roberto Machado, pais professores e alunos da APAE, além de alunos do curso de Medicina Veterinária do CESURG.

O coordenador do curso de Medicina Veterinária do CESURG, Rafael Pandolfi, comemorou a parceira e ratificou o benefício social que o projeto representa para a comunidade. “Buscamos recursos para aquisição de um equino que veio de Vera Cruz e já era utilizado para este tipo de trabalho, além de equipamentos próprios para cada necessidade atendida. O CESURG veio para a comunidade com o objetivo de fazer um trabalho social e principalmente abranger número maior de crianças beneficiadas”, explicou. O coordenador salienta que a ideia de trabalhar a Equoterapia surgiu em 2018, sendo a parte social da Plataforma Equoassist, que integra a extensão do curso de Medicina Veterinária, abrangendo trabalhos de sanidade em eventos equestres e o setor de urgência e emergência de equinos que inaugura no mês de abril.   

A diretora social da APAE, Roseli Debastiani afirmou que o trabalho, iniciado 2008, será ampliado graças à parceria com o CESURG. “Graças esta parceria o atendimento será ampliado e sabemos que os resultados serão enormes, tínhamos uma limitação e com a parceria do CESURG vamos triplicar o número de alunos atendidos”.

O secretário de educação de Sarandi, Paulo Rodolfo Viccari Kasper, parabenizou as entidades parceiras e disse que o projeto é significativo socialmente. “Ficamos felizes com esta forte inserção do CESURG. A ampliação do projeto é muito significativa para a comunidade, de extrema importância. Desde que chegou em Sarandi o CESURG é uma instituição de ensino com uma visão diferente, parceira da comunidade e dos projetos sociais. É um privilégio participar deste projeto de grande magnitude”.

Nilson Debastiani afirmou que o projeto auxilia a sociedade e destacou a responsabilidade social das entidades tradicionalistas na questão da solução aos problemas sociais. “O CESURG está auxiliando nesta trabalho se inserindo e criando raízes na nossa comunidade e trazendo progresso com este tipo de ação”.

O responsável técnico da Equoterapia na APAE,  o fisioterapeuta Wilkison Kunzler, explicou que há inúmeros benefícios na equoterapia. “Começando pela parte motora, com maior controle da cervical, tronco e ainda no auxílio do equilíbrio, trabalhando com alongamento. A mobilidade articular das crianças é uma atividade que não conseguem executar de forma plena em uma sala fechada, no tatame. Em função do lugar aberto, na natureza, fica prático e prazeroso para a criança. Trabalhamos a questão das emoções, a relação com o animal, o cuidado com escovação e trato. Ainda trabalha a parte cognitiva, pois requer mais atenção para todas as atividades realizadas em cima do cavalo. No caso do autismo onde há desordem sensorial, o cavalo consegue reorganizar isso em função do movimento, o trote lento. Há inúmeros benefícios e os avanços das crianças demonstram isso”.

Jacinta Finatto Scherer é mãe de Valentina, uma criança atendida pela APAE e que faz equoterapia há dois anos. Ela afirmou que se sente grata pela acolhida e conta que a filha avançou muito com a equoterapia. “Quando ela começou não ficava em cima do cavalo, não tinha desequilíbrio, depois de seis meses ela já conseguia se equilibrar. Conseguiu avançar muito e hoje consegue até galopar com o cavalo. Reconhecemos a importância deste tipo de trabalho na vida dela e das outras crianças e estamos muito felizes com esta parceria com o CESURG o CTG e a APAE. Comemoramos esta oportunidade que nossos filhos estão tendo porque eles realmente precisam”.

Também irão auxiliar o grupo os responsáveis pelo trabalho de campo da sede campeira do CTG, Sérgio de Lima e Valdemar Schefer.