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Casa de festas colabora para comprar medicamento a jovem com doença degenerativa

A casa de festas Berlin Club, de Frederico Westphalen, promove no próximo sábado um evento



Data da Publicação da Notícia : 21/11/2018 07:44 por Cristiane Luza

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A casa de festas Berlin Club, de Frederico Westphalen, promove no próximo sábado um evento em favor de uma causa nobre: colaborar com a campanha criada para arrecadar dinheiro a fim de comprar medicamento para um morador de Vicente Dutra, no Norte do RS, que sofre com uma doença degenerativa que o faz perder os movimentos.

A Berlin Social será na noite de 24 de novembro e terá todo o valor dos ingressos revertido à causa. “Estamos engajados juntos nesta caminhada”, comentou o sócio-proprietário da Berlin Club, Eduardo Milani. O primeiro lote custa R$ 15, o segundo, R$ 20, e o terceiro, R$ 25, à venda com promoters da boate e nas empresas Senhor Frederico, Loja Street Art, Posto Maranello e Buddah Sushi, em Frederico Westphalen.

A história de Cássio Fernando da Silva, 27 anos, sensibiliza a população pelo menos desde agosto de 2016, quando o jovem começou a divulgar sua história de luta pela vida em busca de ajuda após a família ingressar com ação na Justiça para que o plano de saúde que sua mãe – a professora Marilene Antunes – pagou por mais de 15 anos tendo-o como dependente cobrisse as despesas do tratamento. Há seis anos, a doença o fez aos poucos deixar de realizar tarefas simples sozinho, como se vestir, beber água e até mesmo falar. “Eu já fui tão longe que não tenho outra opção senão continuar lutando. Então, mais uma vez, peço ajuda de vocês, porque nada nessa vida se conquista sozinho”, conclamou Cássio, que antes dos impactos da enfermidade lhe acometerem, aos 21 anos, cursava a faculdade de Administração e levava os dias normalmente como qualquer rapaz de sua idade.

Luta travada pela vida

O diagnóstico divide especialistas. No início, em 2012, profissionais consultados diziam ser esclerose lateral amiotrófica (ELA), que enfraquece os músculos e não tem cura. Em 2015, um médico de São Paulo o submeteu a uma biópsia que resultou em sequela de meningoencefalite aguda purulenta. A reabilitação proposta pelo neurologista e patologista Beny Schmidt em São Paulo lhe rendeu avanços, mas a família barrou na questão financeira, pois as despesas mensais giravam em torno de R$ 100 mil.

Cássio voltou ao Rio Grande do Sul, sentiu os impactos do retrocesso devido à falta de exercícios, suplementos e anabolizantes indicados. Depois, conseguiu ajuda para retornar a São Paulo, porém mais uma vez precisou regressar a sua terra natal. Realizou palestras motivacionais e conseguiu mobilizar, na metade de 2018, inclusive artistas em campanha para que o Instituto de Previdência do Estado do Rio Grande do Sul (Ipergs) oferecesse tratamento. Por meio do processo no Poder Judiciário, o plano de saúde passou a disponibilizar, em setembro deste ano, profissionais para atendimento na modalidade home care, isto é, a domicílio. Nesse meio tempo, a família descobriu o remédio Edaravone, que é caro, dura seis meses e vem do Japão. Embora não o cure, o medicamento ajuda a combater, prevenir possível evolução e estabilizar seu quadro de saúde.

Sobre a campanha e como colaborar

No fim de outubro deste ano, um grupo de voluntários formado por amigos, conhecidos e parentes lançou a campanha ReStart – Aquele 1%, a fim de arrecadar, até janeiro de 2019, R$ 50 mil, suficientes para um ano de tratamento com o remédio.

Para participar, é possível contribuir pelo portal Vakinha Online, que oferece as opções para pagamento em boleto e cartão de crédito (link encurtadohttps://goo.gl/Ccn6Hd).

No pequeno município onde Cássio reside, na divisa com Santa Catarina, ao verem os muitos moradores sem acesso à internet que gostariam de colaborar com a Vakinha, os colegas de faculdade Matheus Henrique Straesser, 23 anos, e Evandro Luiz Wolff, 25 anos, se sensibilizaram e começaram a imprimir boletos em suas lojas de informática em Vicente Dutra. “Conheço o Cássio desde criança, na adolescência nos aproximamos mais, vivíamos todo fim de semana juntos e somos grandes amigos. Como aqui a maioria das pessoas não tem muito conhecimento de internet, o que causa nelas receio, tivemos a ideia de prestar auxílio para quem quer ajudar e não sabe. Falam com que valor querem contribuir e geramos o boleto”, conta Matheus, que está oferecendo o serviço gratuitamente.

Outra maneira de contribuir é por meio de depósito bancário, pela conta Bradesco número 0560152-5, agência 1596, em nome de Cássio Fernando da Silva.


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