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A escolha da pedra brita altera qualidade da obra?

Jazida da Brita Barreiro possui rocha com muita dureza



Data da Publicação da Notícia : 17/09/2018 09:55 por NorteRS

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A dureza da rocha é o fator que mais influencia na qualidade da pedra

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Esta semana o NorteRS entrevistou o engenheiro especializado em inteligência ambiental Ivan dos Anjos sobre a qualidade da pedra brita utilizada em construções. Esta entrevista pode ajudar quem está com planos de construir ou adquirir um imóvel a tomar a melhor decisão e também a entender melhor como funciona esta parte da construção civil.

NorteRS: Qual o principal fator que determina a qualidade da pedra brita?

Eng. Ivan dos Anjos: Há dois motivos principais: o primeiro é causado pela própria natureza, isto é, o processo geológico que formou a rocha determina seu grau de dureza, seus componentes minerais, a resistência e capacidade de resistir à carga aplicada, etc; o segundo motivo diz respeito ao processo de “quebra/moagem” da rocha, o qual também influencia o produto final obtido.

NRS: O que uma pedra pode ter de diferente de outras?

Eng. Ivan: Diferenças naturais: são causadas na natureza. Por exemplo, o basalto e o granito se formaram há milhões de anos, mas cada um tem composição mineral diferente do outro. Além disso, num mesmo tipo de rocha, no basalto digamos, podem ocorrer variações na composição física e química, fato que determina a qualidade da brita, que sempre deve ser levada em conta de acordo com a utilização que terá.

Diferenças causadas pelo processo de britagem: a tecnologia utilizada no britador influencia a qualidade final da brita produzida.

NRS: Como a qualidade e o tipo de pedra brita influenciam em uma construção ou obra?

Eng. Ivan: A natureza da rocha na jazida onde é extraída e o britador usado para a produção são determinantes para a qualidade da brita a ser comercializada.

A escolha da brita pelo cliente deve ser feita considerando em que pretende utilizá-la.

A brita é classificada pelo Ministério de Minas e Energia nas seguintes granulometrias:

  • Pó de pedra:  de 4,8 milímetros (mm)
  • Brita 0 ou pedrisco: de 4,8 mm a 9,5 mm
  • Brita 1: de 9,5 mm a 19 mm
  • Brita 2: de 19 mm a 25 mm
  • Brita 3: de 25 mm a 50 mm
  • Brita 4: de 50 mm a 76 mm

Seus principais usos são citados a seguir.

O pó de brita é bastante maleável. Por isso é muito empregado em usinas de asfalto, em calçadas e calçamento de ruas, na fabricação de concreto com acabamento mais fino, pré-moldados e argamassa para contrapisos.

A brita 0 (ou pedrisco), por suas dimensões reduzidas, é bastante empregada na fabricação de vigas e vigotas, lajes pré-moldadas, tubos, blocos de concreto intertravado, jateamento em túneis e acabamentos em geral.

Por sua vez a brita 1, com tamanho máximo de 19 mm, é a mais usada na construção civil, em colunas, vigas e lajes. Atualmente essa é a brita mais utilizada para produção de concreto.

Em concretos que exigem mais resistência, assim como para a construção de fundações e pisos mais espessos, a brita 2 é a mais indicada.

A brita 3, um formato avantajado, é pouco usada na fabricação de concreto. Ela é indicada para aterros, lastros ferroviários e drenos.

A brita 4, bem grande, tem aplicações específicas, como em fossas sépticas, sumidouros, gabiões, reforços de subleito para pistas com tráfego pesado, lastros de ferrovias e concretos ciclópicos (quando se utiliza grandes blocos de rocha por entre a massa de concreto).

Como se vê, escolher o fornecedor de brita é uma das primeiras e mais importantes decisões para uma obra de qualidade. Outro cuidado é a escolha correta da granulometria da brita, que varia conforme o uso desejado.

NRS: Que tipo de pedra a Brita Barreiro oferece para os seus clientes?

Eng. Ivan: Todas as granulometrias descritas, além da pedra para calçamento e o “rachão”, um tipo de pedra irregular com 20 centímetros ou mais de lado. A brita Barreiro extrai da jazida um material muito duro de excelente qualidade.

NRS: Como a pedra é vendida?

Eng. Ivan: Ela é comercializada por peso, isto é, por tonelada, pois a venda por metro cúbico geralmente prejudica o cliente.

(Fontes consultadas: indústrias de cimento e Ministério de Minas e Energia)


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