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Grafeno: material que pode revolucionar a maneira como fazemos coisas no mundo

Assim como o grafite e o diamante, é composto puramente de átomos de carbono



Data da Publicação da Notícia : 17/09/2018 08:04 por Lucas Fabro

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Assim como o grafite e o diamante, é composto puramente de átomos de carbono, o “grafeno” se organiza de maneira plana e extremamente compacta, conferindo-lhe propriedades físicas e químicas notáveis e únicas em comparação com outros materiais de carbono, como a grande área superficial específica, condutividade elétrica superior, excelente estabilidade térmica, força mecânica notável e transmitância ótica excepcional.

O problema é que o grafeno é caro e difícil de trabalhar, no entanto tem estimulado intensa pesquisa laboratorial, em universidades e empresas, seu desenvolvimento apresenta relevância científica e tecnológica, tendo como potencial, o uso em membranas a base de grafeno para promover a dessalinização de água salobra, tratamento de água residuária e superficial, separação de gases, bem como, aplicação em biossensores eletroquímicos e células de combustível biológicas.

A indústria ainda não encontrou utilizações práticas em larga escala. 

Aos poucos, no entanto, isso pode mudar. Recentemente foi lançada a primeira jaqueta de grafeno do mundo. "É tão forte e tão elástico que as fibras de uma teia de aranha revestida de grafeno poderiam pegar um avião em queda", como a fabricante Vollebak coloca em seus materiais de marketing.

A jaqueta, segundo divulga a empresa, pode também equilibrar sua temperatura corporal natural, redistribuindo o calor das partes quentes do seu corpo para áreas mais frias. As propriedades vão além, com poder bactericida, já que os microrganismos não se desenvolvem na superfície de grafeno, além de controlar a umidade.

O cenário almejado é que conforme as pessoas usem a jaqueta, descubram novas possibilidades, gerando alternativas, para novos estudos. Quando a roupa começar a conduzir calor e eletricidade, seu celular poderá ser carregado somente por estar em seu bolso, em um exemplo hipotético.

Enfim, as possibilidades são inúmeras, contudo os desafios e barreiras enfrentados na implementação de novas tecnologias ainda são gigantescas. 

Estimular e direcionar futuros esforços e investimentos para se atingir a tecnologia desejada, por meio de estudos computacionais e experimentais é o caminho para um futuro melhor e mais sustentável.

Artigo produzido pelo professor Lucas Fabro, mestre em Engenharia e docente do CESURG em Marau


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